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ILE DE FRANCE



Ile de France

Como o próprio nome indica, o berço da raça é a França, na região da bacia parisiense, denominada Ile de France. A partir de 1816 técnicos franceses iniciaram cruzamentos de ovelhas Merino Rambouillet com reprodutores New Leicester (Dishley) importados da Inglaterra. O objetivo era obter um ovino que reunisse a qualidade laneira do Merino com a aptidão carniceira do New Leicester.

Os cruzamentos foram dirigidos por August Yvart, Inspetor Geral do Estado e professor da Escola Nacional de Veterinária de Alfort, daí a raça ser também conhecida inicialmente por raça de Alfort. Em 1875 participou da Exposição de Paris sob a denominação de Dishley-Merino.

Em 1920 a raça recebeu uma infusão de sangue Merino Cotentin, com a finalidade de eliminar pigmentos escuros da pele do focinho. Em 1 de fevereiro de 1922 foi criado o Flock Book, sendo que a raça veio a receber a denominação definitiva em 23 de fevereiro de 1923, quando da fundação do Sindicato dos Criadores da Raça Ile de France, em consideração ao nome da região de origem.

É um ovino de grande formato, constituição robusta e conformação harmoniosa, típica do animal produtor de carne. Atualmente é reconhecida por sua vocação na produção de carcaças pesadas e de excelente qualidade, ótima cobertura muscular, elevado rendimento de carcaça, precocidade, ganho de peso e pela qualidade de sua lã.

A cabeça é larga ao nível do crânio, mocha, de perfil reto ou levemente convexo, principalmente nos machos adultos, cara de comprimento médio, chanfro em arco aberto (transversalmente). Nuca larga e bem coberta de lã. A lã cobre a cabeça até um pouco acima da linha dos olhos, deixando a visão completamente livre. Orelhas, cara e mandíbulas devem ser livres de lã e cobertas por pêlos brancos, curtos sem brilho. Orelhas médias, de boa textura, horizontais ou levemente erguidas, nunca pendentes. Quando o animal presta atenção a parte côncava dirige-se para a frente, situando-se as extremidades em nível superior à base. As mucosas nasais, lábios, pele entre as narinas e pálpebras devem ser rosadas.

O corpo é Comprido, largo e musculoso, com conformação carniceira. Paletas carnudas, bem afastadas, dando origem a uma cernelha larga e em linha com o dorso. Peito largo, profundo e proeminente. Costelas bem arqueadas, bem cobertas de carne, e dando origem a um tórax amplo. Dorso, lombo e garupa, longos, largos e volumosos; bem cobertos de músculos. Quartos muito volumosos, arredondados e profundos, com nádegas cheias e entrepernas muito profundo e carnudo. Visto de trás o entrepernas e os garrões dão a impressão de um "U" largo e invertido.  Sendo uma raça carniceira e de muito peso, os membros devem merecer especial atenção. São de comprimento médio. Ossos fortes, boas articulações e devem ter aprumos corretos. Os joelhos, assim como os garrões, devem ser bem constituídos e bem afastados entre si. Os cascos são grandes e de cor branca, devendo ser bem conformados.

O velo é Branco, de pouca extensão pesando em média 4 Kg nas fêmeas adultas e de 5 a 6 Kg nos machos adultos. Mechas densas, de secção quadrada, com o comprimento médio de 8 cm. O velo deve ser denso e uniforme. Cobre a cabeça até a linha dos olhos, guarnecendo as ganachas e o bordo posterior das faces, deixando totalmente a descoberto as orelhas e a cara até os olhos, inclusive. Cobre bem o ventre, o peito e os membros até os joelhos e garrões.  O diâmetro médio das fibras de lã varia de 23 a 27 micrômetros, o que corresponde na Norma Brasileira de Classificação de Lã Suja às finuras AMERINADA, PRIMA A, PRIMA B, e CRUZA 1. Lã untuosa, provida de suarda de cor amanteigada (suarda branca é mais rara). Os cordeiros podem ter lã curta na cara, chanfro, nos membros posteriores abaixo dos garrões e, nos borregos, sobre a pele do escroto. O rendimento ao lavado é de 53 a 55 %.

No Brasil foi introduzida em 1973 por Décio Jacques César de Vacaria/RS. Já os registros foram iniciados na A.R.C.O em 1974 que contabilizou até outubro de 2014 quase 78 mil animais registrados no Brasil desde o início dos registros genealógicos.

Fonte: Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO) e Associação Brasileira de Criadores de Ile de France (ABCIF). 

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